Candombaile: os ritmos latinos se encontram no Rio

Foi num Carnaval em Punta del Diablo, no Uruguai, que o pianista Fernando Leitzke se impressionou com o ritmo candombe. Criado em Pelotas, próximo à fronteira, conviveu com a cultura do país vizinho, o que hoje marca sua obra e está na raiz do Candombaile Carioca, uma adaptação no Rio de Janeiro dos bailes de música latina que conhecera na adolescência.

Na formação da banda, requisitados instrumentistas da cena atual, que Leitzek encontrou quando chegou ao Rio em 2010: Eduardo Neves (sax tenor e flauta), Aquiles Moraes (trompete), Rui Alvim (clarinete e sax alto), Guto Wirtti (baixo), Marcus Thadeu (bateria), Antônio Neves (bateria e trombone) e Fabrício Reis (percussão).

Além dos candombes uruguaios, o repertório é formado por boleros cubanos, salsas, tangos, sambas, choros e outras variações da música latina, que passam ainda por influências da Colômbia e da Venezuela.

Ao lado de clássicos como “Drume Negrita” (Ernesto Grenet Sánchez), “Candombe para Gardel” (Ruben Rada) e “Como Fue” (Ernesto Duarte), músicas autorias que dialogam com as tradições latinas. É o caso de “Anita”, de Eduardo Neves e Guto Wirtti, “Guanabara”, “Chaleira Quente” e “La Muerte del Sargento”, de Fernando Leitzke.

Convidados 

A proposta do evento surgiu em 2015, quando os músicos entraram em estúdio com Fernando Leitzek para gravar o álbum autoral do pianista: “Rios que Navego”. Após o registro do candombe “Sargento Borracho”, de Leitzek, o percussionista uruguaio Fabrício Reis sugeriu a organização de um baile dançante no Rio nos moldes dos candombailes: tradição de sua terra natal.

De imediato, todos que estavam no estúdio toparam. E em torno de Leitzke formou-se o conjunto para as apresentações ao vivo do Candombaile Carioca. A ele se juntam, como convidados, os cantores Pedro Miranda, Nina Wirtti, Grazie Wirtti e o venezuelano Alexis Graterol, o acordeonista Bebê Kramer e o violonista Yamandu Costa.

 

Crédito adicional

Foto de capa: Alonso Martinez / Divulgação

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