Pablo Grahl: a busca por um sonho no Rio
À vontade entre os novos amigos brasileiros, Pablo Assaf Grahl escolhe Misionerita (Lucas Braulio Areco) para tocar. A canção oficial da província de Misiones, na Argentina, o faz lembrar a terra natal. Pablo, de 23 anos, toca com sentimento. Está aqui há pouco mais de um mês. Veio para ficar e viver de sua arte, enquanto aprende o que pode sobre a música popular brasileira, cujas harmonias o fascinam desde a infância passada na cidade de Aristobulo del Valle.
Em pouco tempo por aqui, um importante acontecimento. Pablo apresentava-se no Boulevard Olímpico, região do Centro do Rio que atraiu milhares de turistas durante os Jogos 2016. Um violonista carioca parou para assisti-lo. Quando este pegou o instrumento e tocou alguns temas de bossa nova, por insistência de amigos que o acompanhavam, Pablo percebeu que havia encontrado o que procurava.
– A forma como ele canta e toca, os acordes que utiliza… É tudo o que eu quero aprender por aqui – diz Pablo Assaf Grahl em entrevista ao portal Coisas da Música.
Anselmo Rocha
O violonista brasileiro a que Pablo se refere é Anselmo Rocha, de 58 anos. Desconhecido por parte do grande público, tem prestígio entre os maiores músicos da cidade. Apreendeu como ninguém a estética de João Gilberto e dela parte para suas próprias descobertas. Anselmo impressionou-se com a técnica de Pablo e tem apresentado o violonista recém-chegado a alguns entusiastas da boa música.
Aos estudantes Gabriel Bottari e Daniel Akerman, por exemplo. Eles são “gente bem” e fazem parte da novíssima geração da bossa. Foi na casa de Gabriel, na noite da última sexta-feira, que registramos as imagens desta matéria. Além de Misionerita, Pablo tocou La Muerte del Angel e Trinfual, de Astor Piazzolla.
Com Anselmo, fez improvisações enquanto o amigo interpretava Pra Que Discutir com Madame (Haroldo Barbosa e Janet de Almeida), Desafinado (Tom Jobim e Newton Mendonça) e Treze de Ouro (Herivelto Martins e Marino Pinto).
Prêmio
Não mais sozinho na cidade, numa agradável noite entre amigos, Pablo contou um pouco sobre sua carreira. Interessou-se pelo violão ao ver os amigos e vizinhos tocarem canções do folclore argentino. Pablo queria fazer como eles e pediu um violão para sua mãe. Tinha 11 anos quando a prima lhe emprestou o instrumento e, em pouco tempo, estava decidido a viver de música profissionalmente.
A viagem para o Rio, aonde chegou no dia 30 de julho, é um passo importante em sua trajetória. Decidido a viver na cidade, Pablo quer aprender a música brasileira, mas também tem muito a ensinar. De técnica apurada, traz na bagagem um diploma da Escuela Superior de Musica de La Provinvia de Misiones e um prêmio de Melhor Solista Instrumental no Festival Nacional del Encuentro, em Buenos Aires.
Sobre sua estada no Rio, Pablo nos fala de seus planos:
– A ideia é mostrar meu trabalho e aprender a música daqui com os músicos brasileiros, que são muito bons e admiráveis. Acho que meu amor pela música brasileira é quase o mesmo de uma pessoa que nasceu aqui.
Pablo Grahl deixa um e-mail. Caso queira contactá-lo, escreva para pablosoyrock@hotmail.com.
Créditos adicionais
Foto de capa: Bernardo Costa/coisasdamusica
Vídeo “Pablo Assaf Grahl toca Misionerita” – Imagens: Beatriz Cruz e Bernardo Costa; edição: Bernardo Costa
Muito obrigado amigos!! Gostei muito do material!
grande pablito! Los mejores deseos! sos un grande!!!! Muchos exitos…
Grande pablo!!!
Ëxitos Pablo querido.
Grande pablito sigue adelante…